Sopranos, a maior série de todos os tempos




Vemos que há muita complexidade na série. Alguns olham e não veem mais do que uma simples história de máfia... que tristeza! O lado policialesco e violento foi apenas a isca para atrair o grande público e possibilitar o desenvolvimento do conteúdo, que foi feito com extrema criatividade.

The Sopranos é tão incrivelmente bem feita que é apreciada por pessoas que gostam apenas de histórias de máfia com tons de violência, por aqueles que gostam de psicologia (principalmente pelas primeiras temporadas e pelas sequências de sonhos) e  por quem consegue enxergar a sua real profundidade.

O universo da série trata de tópicos nada comuns como violência, abuso de drogas, psiquiatria, adolescência, família, suicídio, homossexualidade, velhice, terrorismo, religião e política. Tudo isso feito de forma divertida e cativante. E uns só querem saber se Tony morreu ou não...


Influência na indústria da televisão

 Os Sopranos tiveram um impacto significativo na forma da indústria de televisão americana. Tem sido caracterizada pelos críticos como uma das obras artísticas mais influentes da década de 2000 e é creditada por permitir que outras séries dramáticas com conteúdo similarmente maduro alcançassem o reconhecimento mainstream. Também tem sido frequentemente citada como uma das séries televisivas que ajudaram a transformar as séries de tv em uma forma de arte legítima no mesmo nível dos filmes, literatura e teatro.

A série ajudou a estabelecer a HBO como produtora de séries de televisão originais aclamadas e comercialmente bem-sucedidas. 

Depois de The Sopranos, a produção televisiva dramática nunca mais foi a mesma, ela abriu o terreno para que outras séries pudessem existir, tanto pelo arraigamento da linha de tolerância e possibilidades de desenvolvimento de uma série de TV (como o fato de o personagem principal ser um anti-heroi) e pelos trabalhos posteriores das pessoas envolvidas com o show.

Após Sopranos, as séries ganharam qualidade dramática, como pode ser visto em The WireA Sete Palmos, The Shield, Rescue Me (Esquadrão Resgate) e Big Love (Amor Imenso).

Allen Coulter, um dos diretores da série, recebeu seu primeiro longa-metragem (Hollywoodland) como resultado de seu trabalho em The Sopranos. Outros colaboradores de Sopranos criaram séries premiadas: o produtor executivo Matthew Weiner criou Mad Men, o produtor executivo Terence Winter gerou Boardwalk Empire (estrelado por Steve Buscemi, que interpretou o Tony Blundetto), Tim Van Patten dirigiu episódios de Boardwalk Empire e Game of Thrones, a equipe de redação de Robin Green e Mitchell Burgess criaram o Blue Bloods, e o escritor Todd Kessler foi um dos criadores de Damages.



Influência na Cultura Pop

Após sua estreia, em 10 de janeiro de 1999, The Sopranos tornou-se uma obsessão dos Estados Unidos. O elenco e a equipe foram aclamados com elogios. Atores de Nova York, como Gandolfini (Tony), Edie Falco (Carmela), Michael Imperioli (Cristopher) e Tony Sirico (Paulie), eram repentinamente como estrelas do rock. Suas aparições públicas em hotéis e casinos atraíram milhares de fãs. O show atingiu todos os marcadores culturais: uma paródia na revista Mad; as capas da Vanity Fair, Rolling Stone, TV Guide, The New Yorker; aparições em The Simpsons; tratado acadêmico ("Coming Heavy: Intertextuality and Genre in The Sopranos"); chegou até a inspirar uma máquina de pinball e um videogame (The Sopranos: Road to Respect).